Por: Luiz Ricardo Landim
Mudaram as estações, nada mudou. É com essa frase da música
“Por Enquanto” de Renato Russo e que ficou imortalizada na voz de Cássia Eller
que podemos fazer uma analogia do modo como o atual governo trata seus
patrimônios públicos. Houve uma mudança de gestão, mas o descaso continua. O
patrimônio em questão é o Palácio Barão de Guapi, que tem 152 anos e que em 1979
foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural e que hoje abriga a
Biblioteca Municipal Professora Adelaide da Cunha Franco e a Fundação de
Cultura de Barra Mansa. Na noite de quarta-feira (21/06/2017) o prédio sofreu
um arrombamento e teve um computador, impressora e um molho de chaves furtados.
Isso mostra um reflexo da total falta de segurança que a prefeitura tem com o
Palácio. Vale ressaltar que o mesmo local foi vítima de furto no começo do ano.
Um outro descaso, evidente para qualquer um que passe em
frente o prédio, é o total descuido do mesmo. Pedaços de seu reboco estão
caindo, há pichações em suas fachadas e crescimento de arbustos em seu telhado
são um reflexo do mal comprometimento com o prédio centenário.
Depois de todo o ocorrido 2 vezes, será que o prefeito
Rodrigo Drable vai ao menos se comprometer com a segurança do patrimônio da
cidade? Esperamos que o atual prefeito ao menos faça isso. Esperamos também que
ele invista em uma reforma para o Palácio, pois o mesmo necessita. Se ele não
tiver o mínimo de consideração com isso, será apenas a confirmação da frase que
abre este texto.
Curiosidade: Além de toda historicidade do patrimônio, é
importante ressaltar quem foi Barão de Guapi. Joaquim José Ferraz de Oliveira,
o primeiro e único Barão de Guapi (1830-1893) foi um membro da elite ruralista
do século XIX e também é valido ressaltar que o prédio serviu à uma pequena
aristocracia da cidade.
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