O Descaso com o Palácio Barão de Guapi

sexta-feira, 23 de junho de 2017
Por: Luiz Ricardo Landim

Mudaram as estações, nada mudou. É com essa frase da música “Por Enquanto” de Renato Russo e que ficou imortalizada na voz de Cássia Eller que podemos fazer uma analogia do modo como o atual governo trata seus patrimônios públicos. Houve uma mudança de gestão, mas o descaso continua. O patrimônio em questão é o Palácio Barão de Guapi, que tem 152 anos e que em 1979 foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural e que hoje abriga a Biblioteca Municipal Professora Adelaide da Cunha Franco e a Fundação de Cultura de Barra Mansa. Na noite de quarta-feira (21/06/2017) o prédio sofreu um arrombamento e teve um computador, impressora e um molho de chaves furtados. Isso mostra um reflexo da total falta de segurança que a prefeitura tem com o Palácio. Vale ressaltar que o mesmo local foi vítima de furto no começo do ano.

Um outro descaso, evidente para qualquer um que passe em frente o prédio, é o total descuido do mesmo. Pedaços de seu reboco estão caindo, há pichações em suas fachadas e crescimento de arbustos em seu telhado são um reflexo do mal comprometimento com o prédio centenário.




Depois de todo o ocorrido 2 vezes, será que o prefeito Rodrigo Drable vai ao menos se comprometer com a segurança do patrimônio da cidade? Esperamos que o atual prefeito ao menos faça isso. Esperamos também que ele invista em uma reforma para o Palácio, pois o mesmo necessita. Se ele não tiver o mínimo de consideração com isso, será apenas a confirmação da frase que abre este texto.


Curiosidade: Além de toda historicidade do patrimônio, é importante ressaltar quem foi Barão de Guapi. Joaquim José Ferraz de Oliveira, o primeiro e único Barão de Guapi (1830-1893) foi um membro da elite ruralista do século XIX e também é valido ressaltar que o prédio serviu à uma pequena aristocracia da cidade.



Nenhum comentário:

Postar um comentário